terça-feira, 8 de maio de 2012

As divisões celulares - Meiose

Meiose: a divisão reducional

                As células somáticas de um organismo humano possuem um número diplóide de 46 cromossomos em seus núcleos. Elas foram formadas de uma célula inicial, o zigoto, ou célula-ovo, originada da fecundação. O zigoto dividiu-se por mitose para originar as células somáticas.
                O zigoto humano tem 46 cromossomos e é formado pela fusão entre o gameta masculino (espermatozóide) e o feminino (óvulo). Para que o zigoto tenha 16 cromossomos, os gametas, obrigatoriamente, devem possuir somente a metade desse número, portanto 23. No homem, e na maioria das espécies pluricelulares encontramos células somáticas diplóides e, para permitir a reprodução sexuada, gametas haplóides.
                Para possibilitar a formação de células haplóides, a partir de células diplóides, existe um processo especial de divisão: a meiose.
                Meiose é um mecanismo de divisão reducional, pelo qual uma célula 2n (diplóide) forma quatro células n (haplóides), após duas divisões sucessivas.
                Ela está associada à reprodução sexuada, possibilitando a manutenção do número de cromossomos da espécie.
                O processo meiótico é muito importante para a preservação da espécie, mas não indispensável à sobrevivência do indivíduo. A maioria das mulheres entra na menopausa entra os 45 e 50 anos, período no qual cessa a produção dos gametas; no entanto elas se mantêm vivas por muitos anos, após esse processo. Do mesmo modo, um animal castrado - um boi, por exemplo -  não morre em consequência de sua incapacidade de produzir espermatozóides.
                Todos os seres vivos pluricelulares, dotados de reprodução sexuada, fazem a meiose em alguma fase de sua vida. Nos animais, o processo serve para a produção dos gametas.

O comportamento dos cromossomos na meiose

                Nos animais, a meiose ocorre no interior das gônadas (ovários e testículos). As células germinativas são células diplóides, que formamos gametas por meiose.
                A meiose ocorre somente em células diplóides, que são aquelas que apresentam pares se cromossomos homólogos. Essa característica é obrigatória, pois as células-filhas receberão um cromossomo de cada par de homólogos, os quais serão reunidos posteriormente, na fecundação, pela união dos gametas.
                Ao se iniciar a meiose, os cromossomos apresentam-se duplicados, com duas cromátides ligadas pelo centrômero (a duplicação ocorre na intérfase) e organizados em pares homólogos.
                Durante a primeira divisão (meiose l), os cromossomos homólogos se separam. Cada célula-filha, resultante da meiose l, recebe apenas um cromossomo de cada par de homólogos.
A separação dos cromossomos homólogos permite a redução do número cromossômica, de 2n para  n, no final da meiose l.
                A segunda divisão meiótica (meiose ll) é idêntica a uma mitose. os cromossomos dividem-se na região do centrômero, com a separação das cromátides. Desse modo, as células n dividem-se para formar células n.
                O ciclo de vida de uma célula diplóide que sofre meiose inclui uma  duplicação cromossômica (na intérfase) e duas divisões celulares. Na meiose l ocorre a separação dos cromossomos homólogos, e a consequente redução do número cromossômico. Na meiose ll há a divisão dos cromossomos, com a formação final de quatro células-filhas haplóides.


Meiose e variabilidade

            Existem dois processos básicos de reprodução: a assexuada e a sexuada. A assexuada forma cópias identicas dos genitores - por divisão simples ou crescimento de brotos; a sexuada mistura material de dois genitores para a formação de um indivíduo diferente.
           A grande vantagem da reprodução sexuada é possibilitar a contínua variabilidade  dos organismos. Os indivíduos de uma mesma espécie, formados por reprodução sexuada, não são idênticos. Eles apresentam pequenas diferenças individuais, importantes no processo de adaptação ao meio.
           A meiose provoca variabilidade de duas maneiras. Uma é a separação dos cromossomos homólogos, que envia os genes alelos para gametas diferentes. Isso permite novas misturas nos descendentes.
           A outra é um processo complexo de troca de partes entre cromossomos homólogos, denominado crossing-over. Sua função é produzir novas misturas gênicas, que podem ser transmitidas aos descendentes.



            A separação dos cromossomos homólogos e o crossing-over ocorrem, exclusivamente, na meiose. Na imagem abaixo mostra uma boa diferença entre mitose e meiose, mostrando o local em que ocorre o crossing-over:




Referencias

http://wikiciencias.casadasciencias.org/images/8/81/meiose.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglaDJ94jiQc6ZqmC8LcyUJlZIRvRreumFpPs_A-v6HqyVocCKu7VVklzaxWWU3XY1CkLyviCNM3AQXPMemFnCkoEQ3LLZJq5WTCFPkGwbJQJN5XFHw7jWgvyVqAgOvLXX_9g0wjy-gIKo/s1600/mitose.jpg

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkdjDRronYyaldLVDR4sGIcE7MRnnG9mUD8KVCm4Vfwu4mz__pkGnmwiN9jlB-ZSlltIN58rDuSdBHepVtPLsfdtK6P6j4mkzJhgCrmZydh4Vmr5hHke8sWJ4-2bfnclhkQ7H7NEbTYeg/s1600/mitose-meiose.jpg


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