quarta-feira, 23 de maio de 2012

Organogenese

Organogênese
Do ectoderma diferencia-se o tubo neural, que apresenta no seu interior o canal neural. O endoderma dá origem ao tubo digestório. O mesoderma dá origem aos somitos e à notocorda. Os somitos são blocos celulares dispostos lateralmente no dorso do embrião, e a notocorda é uma estrutura maciça localizada logo abaixo do tubo neural.
                Se caracteriza pela diferenciação de órgãos apartir dos folhetos embrionários formados na gastrulação. O esquemaseguinte representa a fase inicial da organogênese: a neurulação. Após a neurulação, os folhetos embrionários, continuam a  se diferenciar, originando os tecidos especializados do adulto.
               
Fechamento do embrião
                Período que vai da 4ª à 8ª semana. É nesta etapa que do desenvolvimento que os órgãos estão se formando. Nele verifica-se o fechamento do embrião, com o saco amniótico envolvendo-o completamente, após o dobramento gradativo. Com o desenvolvimento do sistema nervoso e dos somitos, desde a 3ª semana, o saco amniótico sofre passo a passo um pregueamento céfalo-caudal e lateral, respectivamente, que resulta no envolvimento do embrião.
                Em consequência deste processo, o saco vitelino vai-se estrangulando e se transforma em um tubo endodérmico, ao longo do embrião, limitado anteriormente pela membrana bucofaríngea e posteriormente pela membrana cloacal. Este tubo constitui o intestino primitivo.
                No final do 1º mês, a parte mediana do tubo se comunica com o restante do saco vitelínico por meio de um canal - o canal vitelino. Ao mesmo tempo que o saco vitelino vai sofrendo estrangulamento, os tubos endocárdios vão se aproximando um do outro até se fundirem e formarem um único tubo. Pouco antes da 5ª semana, a membrana bucofaríngea se rompe e o embrião começa a ingerir líquido amniótico. O conteúdo do líquido no saco amniótico tem significado importante no desenvolvimento do sistema nervoso.

Formação do intestino primitivo
                Com o dobramento do e fechamento do embrião, o saco vitelínico sofre estrangulamento gradual  até estruturar-se num tubo endodérmico- o intestino primitivo. No final do 1º mês, esse tubo, já formado, encontra-se dividido em três segmentos distintos quanto ao potencial de determinação celular. Cefalicamente o segmento é denominado intestino anterior; medianamente, intestino médio; e caudalmente, intestino posterior.
                Em consequência do dobramento e fechamento do embrião ocorre: deslocamento e posicionamento gradual da área cardíaca, formação do intestino primitivo, expansão do celoma intra-embrionário levando ao desaparecimento do extra-embronário, fusão das aortas dorsais e tubos endocárdicos, deslocamento do alantóide e envolvimento do embrião pelo saco amniótico.

Desenvolvimento somítico
                Durante a organogênese, os somitos se diferenciam em: esclerótomo, dermátomo e miótomo. Tais estruturas são áreas diferenciadas do mesênquima somítico, cujo desenvolvimento sofre a influência indutiva do notocórdio e da parede ventral do tubo neural numa interação celular capaz de influenciar o processo de formação normal do conjuntivo e dos músculos delas derivados.
                As células do esclerótomo migram, durante o desenvolvimento embrionário, em direção ao tubo neural e ao notocórdio para originarem, respectivamente, cartilagem hialina e fibrocartilagem. Avizinhando-se  ao tubo neural, formarão o corpo das vértebras e a base do crânio, enquanto as que atingem o notocórdio formam um anel fibroso envolvendo as células fisalíforas do núcleo pulposo para a formação da fibrocartilagem do disco intervertebral. A base do crânio e o corpo das vértebras resultam de ossificação endocondral. Do dermátomo se originam a derme e boa parte da hipoderme.
                O miótomo na 5ª semana encontra-se diferenciado em uma porção dorsal chamada epímero e outra ventral chamada hipômero. Do epímero origina-se a musculatura extensora da coluna vertebral, enquanto do hipômero derivam a musculatura flexora lateral e ventral da coluna vertebral e os músculos torácicos e abdominais.

Desenvolvimeto do tubo neural
                No final da 4ª semana, o tubo neural, na região cefálica do embrião, desenvolve-se formando três vesículas neurais: o prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo. A formação destas vesículas se dá tão longo se fecham os neuporos anterior e posterior, os quais representam áreas ou regiões nas quais ainda não ocorreu a fusão das pregas neurais.
                Já na 5ª semana, a região cefálica do tubo neural, que antecede o segmento relacionado com a formação da medula nervosa, estrutura-se em 5 vesículas, devido à subdivisão do prosencéfalo e do rombencéfalo. Deste modo, resultam da subdivisão prosencefálica o telencéfalo e o diencéfalo, enquanto do rombencéfalo surgem o metencéfalo e o mielencéfalo. O mesencéfalo, enquanto isso, permanece como vesícula indivisível.

Formação do membros
                A formação dos membros tem início na 4ª semana. Por volta do 27º dia, surgem os primórdios dos membros superiores e , no 28º dia, os dos inferiores. Durante o desenvolvimento, o ectoderma que recobre a região dos membros em formação espessa-se para formatar a crista ectodérmica apical, a qual interage com o mesênquima, exercendo importante papel no controle do desenvolvimentodos membros. 


 
Referências:

JUNQUEIRA, L.C.U.& CARNEIRO,J.Biologia celular e molecular.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,1987.

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